Por que os gatos não gostam de portas fechadas? Entenda o comportamento
Os humanos, convenhamos, são apenas servidores de grandiosos reis: os gatos! Para esses adoráveis felinos, seus tutores existem para garantir que todas as suas vontades sejam atendidas, inclusive permitindo a circulação livre por toda a casa. Você já se perguntou por que os gatos não suportam portas fechadas?
Estar com uma porta fechada é, para um gato, uma ousadia sem igual! Como eles poderão exercer seu direito de explorar e supervisionar todos os cantos de seu reino? A seguir, explicaremos os motivos que levam os felinos a se sentirem irritados quando impedidos de se mover livremente pela casa.
Autor: Dr. Lucas Fernandes
Por que gato não gosta de porta fechada?
Territorialismo
Embora possa parecer um capricho, o comportamento dos gatos em relação às portas fechadas está profundamente ligado ao seu instinto territorial. Para os humanos, uma porta fechada pode significar “não entre”, mas para os gatos, é um empecilho que os impede de monitorar seu território. Esses animais são naturalmente territoriais e sentem a necessidade de estar cientes do que acontece em cada cômodo.
Liberdade
Além do instinto territorial, é essencial considerar o desejo de liberdade dos felinos. Se um gato se acostumou a ter acesso a um determinado ambiente e, repentinamente, se depara com uma porta fechada, isso pode criar um verdadeiro conflito! Imagine que, em um espaço onde ele brincava, escalava e explorava, agora existe uma barreira. Para ele, isso é uma verdadeira afronta, especialmente se o local abriga seu esconderijo favorito. Por isso, não seria surpresa vê-lo arranhando a porta na tentativa de abri-la!
Curiosidade
Outra razão pela qual os gatos desaprovam portas fechadas é a sua natureza curiosa. Para eles, um mundo de novos estímulos está constantemente à espreita do outro lado da porta. Os gatos são conhecidos por serem exploradores ávidos, e as barreiras físicas são vistas como obstáculos a serem superados. Ao se deparar com uma porta fechada, é comum que um gato fique frustrado e comece a miar insistentemente, buscando uma maneira de ser liberado para explorar.
Natureza controladora
Dentro da mente de um gato, a casa pertence a eles. Portanto, a aversão a portas fechadas é uma questão de controle. Quando essas portas estão trancadas, os gatos sentem que seu domínio sobre o território está sendo desafiado. Ao contrário dos cães, que frequentemente se submetem às ordens dos tutores, os gatos são mais independentes e interpretam uma porta fechada como uma limitação à sua liberdade de agir.
Gatos e seus tutores
Uma ideia errônea comum é que os gatos são indiferentes aos seus tutores. Na realidade, os amantes de felinos sabem que esses animais adoram estar na companhia das pessoas que amam. Eles costumam observar atentamente as atividades humanas e até mesmo se aconchegar próximo a nós durante o dia. Se houver alguém do outro lado da porta, especialmente se essa pessoa for a favorita do gato, a necessidade de transpor essa barreira se torna ainda mais intensa.
Insegurança
Embora os gatos sejam grandes caçadores, eles também são potencialmente alvos de predadores. Nos EUA, por exemplo, há registros de felinos perseguidos por coiotes e raposas. Para um gato mais inseguro, uma porta fechada pode evocar ansiedade em relação ao que está do outro lado, trazendo uma sensação de perigo. Isso pode acarretar estresse, e, em casos extremos, levar a condições como a Síndrome de Pandora, um tipo de estresse que pode resultar em problemas de saúde, como infecções urinárias.
O que fazer quando não é possível deixar as portas abertas?
Existem circunstâncias em que o tutor precisa restringir o acesso do gato a determinados ambientes, seja por questões de segurança ou por simples necessidade. Isso é comum com a chegada de um bebê humano, por exemplo, onde o quarto do novo membro da família se torna um espaço proibido. Outras situações envolvem gatos mais agitados que querem brincar à noite, enquanto seus tutores desejam descansar.
Nesses casos, fechar a porta pode parecer a única solução para garantir boas noites de sono. Para acostumar o gato a essa nova realidade, é importante ignorar seus chamados e, antes de ir para a cama, gastar energia com ele através de brincadeiras. Para locais senso proibidos, quando o gato se aproximar da porta, redirecione sua atenção com petiscos para afastá-lo.
Entendeu por que os gatos não gostam de portas fechadas? Para ajudar seu felino a lidar com a frustração de não poder acessar certos ambientes, visite lojas especializadas em produtos para enriquecimento ambiental. Proporcionar alternativas e estímulos adequados pode fazer uma grande diferença na qualidade de vida do seu bichano!
Por que os gatos não aceitam portas fechadas? Descubra o comportamento felino
Quem já é tutor de um gato com certeza já testemunhou momentos em que o felino miou insistentemente em frente a uma porta ou começou a arranhar até conseguir que alguém a abrisse. O mais curioso é que, muitas vezes, o gato não está realmente interessado em entrar naquele cômodo; assim que ultrapassa a barreira, logo quer voltar.
Cobrir as portas é uma demanda comum entre os gatos, especialmente a do banheiro, mas você já se perguntou por que essa necessidade é tão forte?
Os gatos são, por natureza, caçadores e territorialistas, e precisam manter o controle de seu ambiente. De acordo com a especialista em comportamento felino Juliana Damasceno do Canal do Pet, “ter controle sobre tudo que acontece ao seu redor, incluindo os odores, é crucial para o bem-estar do gato.”
O controle do ambiente e a ansiedade
Quando um felino não tem acesso a um determinado espaço, isso pode gerar ansiedade, criando um cenário em que o gato tenta obter acesso àquele cômodo. “Recomendo que o gato tenha liberdade para explorar todos os ambientes dentro de casa”, afirma Juliana. “Entretanto, o acesso a áreas externas deve ser cuidadosamente controlado, principalmente em apartamentos, corredores ou casas que dão para a rua. As ameaças são reais e variadas.”
Os perigos que um gato enfrenta ao estar ao ar livre são muitos, incluindo atropelamentos, envenenamento, contrair doenças e até enfrentar outros gatos. Para muitos tutores, será um alívio saber que passeios ao ar livre podem trazer mais riscos do que benefícios.

Riscos de deixar o gato sair
“A qualidade de vida e a expectativa de vida de um gato que é liberado para a rua são consideravelmente menores do que aqueles que permanecem em ambientes fechados,” observa Juliana. “É crucial, portanto, que evitemos permitir que os gatos tenham acesso descontrolado ao ar livre.”
Ainda que um hall de apartamento possa parecer seguro, esse espaço também apresenta riscos. Juliana alerta: “Se há uma janela ou escada no hall, o gato pode se assustar e fugir, aumentando exponencialmente os perigos.”
Quando o gato começa a ter acesso a outros locais, ele rapidamente percebe que esses espaços agora fazem parte de seu território, gerando uma necessidade ainda maior de controlar essas áreas.
Passeios com segurança
Se o tutor costuma passear com o gato usando coleira, isso pode ser feito de forma controlada e supervisionada, garantindo a segurança do felino. Passeios regulares e programados ajudam o gato a entender que esses momentos têm uma previsibilidade; é importante que o tutor evite ceder ao pedido de saída do pet fora dos horários estipulados.
Devo restringir o acesso a algum cômodo?
Juliana Damasceno destaca que “não recomendo, em nenhuma circunstância” a restrição de acesso do gato aos ambientes da casa. Conhecer as necessidades da espécie é fundamental quando decidimos conviver com os felinos.
“O ideal é que o gato tenha liberdade em todo o seu território. Restringir essa liberdade pode gerá-lo frustração,” explica. No entanto, se houver uma necessidade momentânea de bloquear o acesso a algum local por razões de segurança, o tutor deve criar associações positivas com essa proibição. “Use recompensas para que o gato entenda essa limitação como um ganho, e não como uma perda,” sugere Juliana.
Outra sugestão preciosa é o enriquecimento ambiental, que pode incluir a verticalização da casa, conhecida como “gatificação”. Plataformas e prateleiras ajudam a tornar o ambiente mais estimulante e prazeroso para os felinos, amenizando a necessidade de controle excessivo e proporcionando a liberdade que eles tanto desejam.
Conclusão
Em suma, os gatos são seres que necessitam de controle e liberdade para se sentirem seguros em seu ambiente. Atender a essas necessidades não apenas melhora a qualidade de vida dos felinos, mas também promove um relacionamento mais harmonioso entre eles e seus tutores. Aproveite para criar um lar adaptado para o seu bichano e observe a diferença no comportamento dele!
Veterinária explica a motivação por trás da obsessão dos gatos por portas fechadas
Os gatos são conhecidos por suas características adoráveis e comportamentos peculiares que variam de acordo com a espécie, raça e outros fatores. Um comportamento intrigante que muitos tutores de felinos estão familiarizados é a insistência em miar e arranhar portas fechadas. O que leva os gatinhos a ignorar um cômodo até que a porta se feche, despertando sua curiosidade?
A veterinária comportamental Amanda Alano, especialista que atua em Porto Alegre, oferece uma explicação detalhada sobre essa mania. Em uma publicação em seu Instagram, Amanda esclareceu que essa obsessão é motivada pela percepção do gato sobre seu território.
O Instinto Territorial dos Gatos
Para entender esse comportamento, é fundamental considerar que, na natureza, os gatos não enfrentam restrições ao circular em seu território, que pode variar de 200 hectares para fêmeas a até 1000 hectares para machos. Portanto, quando um gato encontra uma porta fechada, isso provoca uma ansiedade natural: ele sente que está sendo impedido de acessar uma parte de seu território, o que gera insegurança e curiosidade.
“Quando nosso gato se depara com uma porta fechada, ele se angustia com a incerteza do que pode estar acontecendo do outro lado,” explica Amanda. “Ao abrirmos a porta, ele percebe, através dos cheiros e visões, que nada mudou e muitas vezes não sente a necessidade de entrar, mas já satisfez sua curiosidade.”
Reações Comuns dos Gatos
Esse comportamento leva a situações engraçadas em que, após abrir a porta, o gato apenas observa o ambiente e, em seguida, se retira. É algo que os tutores costumam considerar cômico, e muitos compartilham experiências semelhantes:
- “Ou seja, todo gato é meio fofoqueiro.”
- “É a necessidade deles de fiscalizar absolutamente tudo que fazemos.”
- “Minha gatinha sempre quer ver o que tem dentro do box do banheiro e mia até eu abrir.”
Uma Necessidade Biológica
Assim, fica claro que a insistência dos gatos por portas abertas está enraizada em uma necessidade biológica, uma expressão do seu instinto de controle e curiosidade. Essa explicação simples, porém fundamentada, foi uma revelação para muitos, mostrando que esses comportamentos fazem parte da essência felina.
Amanda Alano oferece uma rica fonte de conhecimento sobre o comportamento dos gatos, e segue trazendo mais esclarecimentos valiosos para os tutores. Os animais, com suas complexas naturezas e comportamentos, continuam a nos surpreender e ensinar a cada dia. Você já vivenciou esse comportamento com seu gato? Compartilhe sua experiência nos comentários!